O Pavilhão tinha Alma que transbordava na alegria que a equipa punha em tudo o que fazia. Todo o público que passou pelo Pavilhão Centro de Portugal, foi a razão do nosso saber ser, do nosso saber estar e do nosso bem receber, por isso, para ele ali estivemos!
Não posso deixar de recordar com carinho e saudade, a visita de Xanana de Gusmão como Presidente de Timor-leste, do Nobel da Paz D. Carlos Filipe Ximenes Belo e do Dr. Francisco Xavier Lopes da Cruz, embaixador da Indonésia em Portugal. Posso dizer - e perdoem-me a inconfidência - que o Pavilhão era um pedacinho de Timor Lorosae…Quem me conhece, saberá do que falo!
Hoje, está na hora da despedida: vou deixar de enxotar a lagartixa curiosa que todos os anos pelo Estio, teima ver as exposições sem pagar entrada; não volto a pôr no canavial, a pequena cobra que duas ou três vezes por ano, insistia em subir numa peça do artista que estava em exibição…Vou deixar de ver a airosa garça que pela Primavera, poisava na margem defronte do Pavilhão. Deixarei de ver ainda no pontão, a enigmática personagem praticante de yoga, que antes das 8 h. da matina eu encontrava já numa pose transcendental. Por ali continuam, os pescadores ancorados com as suas canas, o vagabundo que dorme no canavial, os patos lindos tirados dum quadro campesino, os namorados, os praticantes de “capoeira” com seus jambés...
Recordações que ficam destes cinco anos que foram intensamente vividos, ali, naquele Pavilhão lembrando uma caravela poisada à beira do Mondego, trazida algures das páginas dos nossos Descobrimentos, porque agora, não ouvirei mais o ranger das cordas, daquele veleiro que um dia me levará a Ataúro… (a tela de cobertura do Pavilhão, as cordas nas espias e o vento = ao velejar!)
artigo publicado no Jornal Campeão das Provincias
Coimbra, 30 de Maio de 2008
1 comentário:
Que lindo este artigo. Que doces estas transcrições e o jogo dfas palavras que complementam uma história rica de sentimento.
obrigado pela partilha.
José Gomes
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