Lisboa, 09.01.2009
Lisboa, 09 Jan (Lusa) - A nomeação do embaixador de Timor-Leste junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), hoje anunciada, vai acelerar o plano de intervenção da organização para o arquipélago na promoção do português e reforço administrativativo, afirma o secretário-executivo dos "oito".
Para Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da CPLP, a nomeação do diplomata timorense José Barreto Martins "é um sinal de respeito pelo esforço que está a ser feito e de atenção e disponibilidade para trabalhar com os outros países para os grandes problemas que se colocam nesta altura".
"Significa que [Timor-Leste] dedica uma atenção especial à organização e enquadra-a na sua política externa, dedica uma atenção especial à CPLP. [O embaixador] torna-se interlocutor a tempo inteiro do secretariado no desenvolvimento das políticas que vão materializar os grandes desígnios dos povos que constituem a nossa comunidade", diz à Lusa Simões Pereira.
O novo embaixador da Missão da República Democrática de Timor-leste junto da CPLP, o terceiro depois dos representantes guineense e brasileiro, apresentará credenciais ao secretário-executivo a 13 de Janeiro.
A Lusa tentou contactar José Barreto Martins, mas o futuro embaixador encontra-se em viagem com destino a Lisboa.
"Vamos discutir o plano de intervenção que havia sido proposto, neste momento a decisão (sobre a execução) está mais do lado de Timor-Leste do que da CPLP", refere Simões Pereira, que espera agora avanços "mais rápidos no processo".
O programa define áreas de intervenção prioritária, nomeadamente o apoio à promoção da Língua portuguesa e reforço da capacidade da administração timorense.
O Brasil e a Guiné-Bissau já haviam destacado diplomatas para trabalhar junto da CPLP, respectivamente Lauro Moreira (Agosto de 2006) e Apolinário Mendes de Carvalho (Outubro de 2007), e o quarto país deverá ser Portugal.
"Pensamos que muito proximamente Portugal vai confirmar uma representação específica junto da CPLP. Sei que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a trabalhar nisso e neste momento estão no processo de substituição do representante [na CPLP], concerteza que vão aproveitar já para fazer uma designação mais oficial", refere Simões Pereira.
Quanto a prazos para nomeação do diplomata português, o secretário-executivo" da CPLP escusa pronunciar-se, mas desde já faz um convite a que o exemplo de Timor-Leste seja seguido.
"Esperamos que seja uma tendência a seguir por mais países, que estimule os outros a fazer o mesmo, porque engrandece e dá mais consistência à nossa organização", afirma.
Domingos Siões Pereira afirma que entre os restantes estados-membros "haverá uma reflexão" sobre as suas nomeação, mas escusa-se a adiantar pormenores.
Fonte: Expresso
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