O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, afirma que não é lógico que entre timorenses se incrimine uns aos outros, rotulando-se de autonomistas, integracionistas, traidores, colaboradores ou heróis. O Povo é que foi o herói da libertação nacional: «A nossa história foi muito complexa. Algumas circunstâncias obrigaram os timorenses a mudar de posição, colaborando com os “Bapaks” indonésios, receando que o contrariar pudesse afectar a própria vida. Alguns faziam actividades duplas, mantinham boas relações com os “Bapaks”, além de continuarem a ajudar a resistência». Estas foram as declarações do Presidente da República na sua mensagem à Nação, juntamente com o Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama de Araújo, e o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, através da TVTL, no âmbito da comemoração do aniversário das FALINTIL, a 20 de Agosto de 2007.
Na ocasião, o Presidente Ramos Horta apelou ao povo para fazer reflexão, no dia 20 de Agosto, o dia das FALINTIL, o dia dos heróis, o dia dos mártires.
«Vamos deixar para trás todas as acusações, de uns contra outros, como colaboradores, autonomistas e heróis. O povo foi herói, porque o povo morreu. Portanto não é necessário acusarmo-nos uns aos outros, o nosso País já é livre. Com o apoio da comunidade internacional, ganhámos a independência. Dar-nos-emos as mãos, dando oportunidade ao actual Governo de cumprir as suas promessas feitas ao povo. Só o povo é que pode fazer julgamentos nas eleições, segundo a Constituição, uma vez em cinco anos», explicou Horta.
Horta colaborará com todos os componentes, mantendo-se neutral, o que será demonstrado através da sua função na formação do Conselho de Estado, um órgão importante, liderado pelo Presidente da República, segundo a Constituição.
Esse órgão reunirá todos os componentes, o Presidente da República convidará o ex-Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo” (FRETILIN), João Carrascalão (UDT), Dr. Rui Maria de Araújo, Roque Rodrigues, Alcino Barris, entre outros.
JNSemanário - Título TLN
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