Salsinha concorda em entregar-se às autoridades
O antigo tenente Gastão Salsinha concordou em entregar-se às autoridades, embora ainda estejam a decorrer negociações. Algumas fontes confirmaram que este operacional ligado aos ataques contra Xanana Gusmão e Ramos-Horta ainda não entregou as suas armas.
(TSP online; 11:39 / 25 de Abril 08 )
O antigo tenente Gastão Salsinha concordou em render-se, esta sexta-feira, muito embora segundo Fernando "La Sama" de Araújo, ainda existam negociações com este operacional que participou nos ataques contra Xanana Gusmão e Ramos-Horta.
«Salsinha está com o assessor do Presidente da República com o tenente-coronel Maunana. Salsinha decidiu entregar-se», afirmou o antigo presidente interino de Timor-Leste.
Em declarações à TSF, Fernando "La Sama" de Araújo admitiu não ter todas as informações sobre esta negociação, mas disse acreditar na possibilidade de Gastão Salsinha poder vir a entregar as armas que tem em seu poder.
O presidente do PSD timorense também se congratulou com a entrega de Salsinha, mas mostrou-se preocupado com o elevado número de armas na posse de civis que continuam a circular por Timor-Leste
«Não se sabe nada sobre armamentos. Ele tinha 13 armas com ele, o que significa, quanto a mim, nada de significativo em relação às armas que sabemos estarem na posse dos civis e que foram distribuídas há cerca de dois anos», acrescentou Mário Carrascalão.
Também ouvido pela TSF, o líder dos sociais-democratas timorenses considerou que a entrega deste ex-tenentes que liderou o movimento dos militares peticionários «vai contribuir para a solução dos problemas mais prementes que temos aqui».
Mário Carracalão notou que a entrega de Gastão Salsinha irá contribuir para o levantamento do estado de sítio em vigor em Timor-Leste, mas «não é substancial para resolver os problemas que enfrentamos».
Entretanto, uma fonte do comando conjunto da Operação Halibur, de captura ao grupo de Salsinha, adiantou à agência Lusa que o ex-tenente ainda não entregou as suas armas, o que também é confirmado por outra fonte ligada à ONU, também contactada pela Lusa.
Em prisão preventiva estão até agora dez elementos do grupo de Salsinha, ao passo que a ex-assessora legal do major Alfredo Reinado, Angelita Pires, aguarda julgamento em liberdade, mas com interdição de se ausentar do país.
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