O antigo tenente Gastão Salsinha concretizou a sua rendição ao apresentar-se junto com outros 14 rebeldes no Palácio do Governo, em Díli. Entre os militares que se renderam estava aquele que tentou assassinar o presidente Ramos-Horta.
O antigo tenente Gastão Salsinha concretizou, esta terça-feira, a sua rendição, ao apresentar-se fardado, junto com outros 14 rebeldes, no Palácio do Governo de Timor-Leste.
O grupo de 15 rebeldes foi recebido por várias personalidades entre as quais o Presidente da República, uma das personalidades timorenses alvo de um atentado a 11 de Fevereiro, que terá sido levado a cabo por estes militares.
«Em relação até à pessoa que me tentou assassinar, perdoo como cristão, como ser humano. Como chefe de Estado, ele tem de enfrentar a justiça», acrescentou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado timorense adiantou que «têm que ser eles próprios a ir a tribunal e explicar o porquê da sua acção no 11 de Fevereiro, mas também quem lhes deu as armas, uniformes, dinheiro, meios de comunicação, telefones, ao longo destes meses».
Para além de Gastão Salsinha, Ramos-Horta pôde ver Marcelo Caetano, o homem que identificar como aquele que o tentou assassinar a 11 de Fevereiro.
As declarações do Presidente da República timorense aconteceram após um encontro com Salsinha e o seu grupo de homens que chegaram ao Palácio do Governo sob fortes medidas de segurança.
O grupo de 15 homens que chegou integrado numa coluna de cerca de dezena e meia de veículos foi ainda recebido pelo vice-primeiro-ministro José Luís Guterres e pelo secretário de Estado da Segurança, Francisco Guterres.
Fonte: RTP (edição, 08:26 / 29 de Abril 08 )
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